quinta-feira, 16 de maio de 2013

DOR DE DENTE


Quem nunca sentiu uma dor de dente que atire a primeira pedra! Pode ser aquela dor lancinante, de bater com a cabeça na parede, ou apenas aquela sensação de “choquinho” quando toma água gelada ou come um doce, sabe?! A dor de dente é muito mais comum e presente no nosso cotidiano do que podemos imaginar.

Mas, por que o dente dói? A dor de dente é sempre um sinal de que o canal precisa ser tratado? Na verdade, dependendo de como se comporta a dor, indicamos o tratamento de canal ou não. Normalmente quando a dor é espontânea, ou seja, quando ela começa sozinha, pulsátil ou intermitente, daquelas que parece que o seu coração está batendo dentro do dente, e muito intensa, praticamente impossibilitando você de fazer atividades simples do dia-a-dia, optamos  pelo tratamento de canal, pois estes sintomas indicam que a polpa ou o nervo do dente foi danificado gravemente. Agora, se a dor é provocada, isto é, o dente só dói quando você toma água gelada ou come um doce, por exemplo, de intensidade leve ou média, que um simples analgésico pode resolver e de curta duração, indo embora logo depois de engolir a água ou o doce, pode simplesmente ser uma cárie ou uma restauração quebrada ou até mesmo retração na gengiva. Na verdade, esse tipo de dor indica que está havendo exposição da dentina. A dentina é a parte do dente que fica abaixo do esmalte, protegendo a polpa, como podemos ver na figura abaixo.

Por ser uma estrutura composta por vários túbulos, a dentina quando está exposta, sem a proteção do esmalte, é extremamente sensível. Isto porque, dentro desses túbulos, encontramos prolongamentos de células nervosas da polpa envolvidos por um fluido. Quando os túbulos estão abertos, ou seja, sem a proteção do esmalte, qualquer estímulo que ocorrer nessa região (a água gelada ou quente que você toma o doce que você come ou até mesmo o ar que você respira) vai provocar a movimentação do fluido e consequentemente do prolongamento da célula nervosa da polpa, provocando a dor.

As causas mais comuns de exposição de dentina são: cárie, retração gengival, tratamento periodontal (tratamento de problemas relacionados à gengiva), erosão do esmalte dental, abrasão do esmalte dental e até mesmo problemas na mordida.

Independentemente da causa, o que é importante que fique claro para você, leitor, é que a dor é sim um sintoma de que algo não vai bem, mas nem sempre a solução é tão complexa ou mais dolorosa como você imagina. Portanto, ao sinal de dor, independente da sua intensidade, procure o seu dentista o mais rápido possível, provavelmente a solução é mais simples do que você imagina!

Leiam, divulguem e não deixem de perguntar, estou aqui para esclarecer. A sua participação é muito importante para mim.

Um beijo grande.

Dra. Jú

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A CULPA É SEMPRE DO DENTE DO SISO! (Será?!)


Não é raro ouvir dos pacientes reclamações e insatisfações sobre os dentes do siso (terceiros molares). 

Normalmente acusados de serem responsáveis por todas as dores da boca e pelo “entortamento” de todos os outros dentes da arcada, os dentes do siso ou dentes do juízo, como costumam ser chamados popularmente, têm indicação de extração simplesmente pelo fato de terem nascido. Muita calma nessa hora, não é bem assim.

Hoje vou fazer a advogada do diabo. Eu vim aqui para defender os terceiros molares.
Em primeiro lugar, a dor causada pelo nascimento dos terceiros molares se dá por uma inflamação local da gengiva que circunda o dente. No momento da sua erupção, do ato de irromper a gengiva, forma-se ao redor do dente um pequeno espaço entre ele e a gengiva, que costumamos chamar de sulco. Esse espaço é bem pequeno, mas de tamanho suficiente para acumular bastante sujeira e dificultar a sua remoção, causando a inflamação. É exatamente o mesmo processo que ocorre no nascimento dos primeiros dentinhos, os dentes de leite. Quem tem filho pequeno sabe do que estou falando, é muito comum a criança apresentar febre e/ou diarreia durante essa fase.

Já no caso dos adultos, muitas vezes durante o processo de erupção dos terceiros molares, um excesso de gengiva acaba “sobrando” e cobrindo parte da superfície do dente, formando uma espécie de capuz de gengiva sobre ele. Como a higiene da região abaixo desse capuz é bem difícil, uma grande inflamação acomete a área, causando dor excessiva, inchaço, dificuldade de abrir a boca e mau hálito. A isso damos o nome de pericoronarite. Além do mais, como essa região vai estar inchada, é bem possível que o dente oposto toque nesse capuz, durante a mastigação, causando mais dor, mais inflamação e mais incômodo. A foto abaixo ilustra melhor o que estou falando.


E o que fazer? Confesso que, no auge da dor, a vontade que dá é bater com a cabeça na parede! 

Brincadeiras a parte, a remoção cirúrgica desse capuz de gengiva é o mais indicado. Apesar de ser um procedimento cirúrgico, sua execução é bem simples e o pós-operatório tranquilo, praticamente indolor.

Como se não bastasse ser o causador de todas as dores, o coitado do dente do siso ainda é responsabilizado por qualquer dentinho torto na boca da gente! Pode reparar. O dente da frente entortou? “A culpa é do dente do siso”. O canino está um pouquinho mais pra frente? “Ah, foi porque o dente do siso nasceu.“ Não é assim, não pessoal. O terceiro molar não tem força suficiente para nascer e ainda por cima empurrar TODOS os outros dentes da arcada.

Se não houver espaço na boca, o dente do siso NÃO nasce. Na verdade, ele não nasce por dois motivos: ou não há espaço na arcada ou o dente está na horizontal. Por isso, é muito comum vermos casos de terceiros molares que nunca nasceram e quando você  tira uma radiografia ele está lá, quietinho, dentro do osso, sem você nem perceber. Como nesses casos da radiografia abaixo.


Em suma, o dente do siso é um dente como outro qualquer, talvez nos preocupamos tanto com ele  porque é o último dente a nascer.

No próximo post, falarei de quando devemos extrair, ou não, os dentes do siso. Aguardem.

Leiam, divulguem e não deixem de perguntar, estou aqui para esclarecer. A sua participação é muito importante para mim.

Um beijo grande.

Dra. Jú



terça-feira, 9 de outubro de 2012

MASCAR CHICLETES DEPOIS DE TOMAR REFRIGERANTE É BOM PARA OS DENTES!


Olá pessoal! Dando sequência a série "Verdades, Meias Verdades e Mentiras da Odontologia" hoje trago uma informação paradoxal: os chicletes, desde que sem açúcar, não são tão prejudiciais assim para os nosso dentes. Vamos ver porque?

A gente sempre ouviu falar que os refrigerantes fazem mal aos dentes, causando danos ao esmalte dental, uma vez que contém ácidos na sua composição. Não que eles sejam capazes de desgastar a superfície do dente, aliás, a história de que se deixarmos um dente imerso num copo de Coca-Cola o desintegrará é MITO, ou para ser bem sincera, é bobagem! Mas quando você toma refrigerante o pH bucal baixa, tornando-se ácido e propício para o metabolismo das bactérias encontradas na flora bucal, facilitando o desenvolvimento da cárie. Além disso, se depois de beber, você for correndo escovar os dentes, isso não vai funcionar porque você associa o efeito abrasivo da escova e da pasta dental ao efeito ácido do refrigerante, aumentando o risco de desgastar a superfície dos dentes.  

Por isso, se você gosta de refrigerante, masque chicletes SEM AÇÚCAR durante 30 minutos antes da escovação. Isso vai aumentar o pH bucal, tornando-o básico, através da estimulação da salivação durante o ato de mascar chicletes, neutralizando a acidez dos refrigerantes, e aí sim favorecendo o efeito das pastas de dente durante a escovação. 

Espero que você tenha gostado dessa dica! Fique ligado, sempre há uma novidade ou uma dica de saúde aqui no blog. 

Continue lendo, participando e divulgando o meu trabalho!

Um grande beijo

Dra. Jú

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

CLAREAMENTO DENTAL A JATO - QUANDO O MILAGRE É DEMAIS, ATÉ O SANTO DESCONFIA!


Olá queridos! Finalmente começo hoje a série “Verdades, Meias verdades e Mentiras da Odontologia”. Vou aproveitar uma novidade do mercado para fazer algumas considerações que acho importante.

Chegaram ao Brasil, aquelas fitas de clareamento dental, muito vendidas nos EUA. Fui correndo procurar na internet informações sobre o produto, afinal hoje vivemos num mundo globalizado e informatizado, onde uma grande parte da população compra, pesquisa e lê pela internet. Confesso, fiquei um pouco preocupada com o que vi. Não que os sites forneçam informações absurdas, mas da forma como as coisas são colocadas, eu temo pelo uso indiscriminado desses produtos. Infelizmente, não encontrei na internet informações a respeito do princípio ativo e concentrações do produto. O meu objetivo com esse post é informá-los, através dos meus conhecimentos científicos, a respeito de produtos e técnicas disseminadas, porque, muitas vezes, uma palavra mal colocada ou uma informação mal explicada, pode gerar uma credibilidade errônea.

Essas fitas prometem “Dentes visivelmente mais brancos em 3 dias. Resultados ainda mais extraordinários em 1 semana garantido. Seguro para o esmalte dental: eficiente ingrediente branqueador, que não causa dano ao esmalte, usado por dentistas.” Como já expliquei nesse post aqui, a eficiência do clareamento depende de vários fatores (concentração do gel, tempo de atuação do gel, tipo de manchas, hábitos dos pacientes), por isso é muito arriscado para o profissional estabelecer o tempo que os resultados aparecerão. Além do mais, se o “ingrediente branqueador” é o mesmo usado pelo dentista, não acho prudente a utilização sem o acompanhamento de um profissional.

Outra afirmação que também me preocupa é que esse tipo de tratamento Não causa danos ao esmalte dos dentes e também não deve causar sensibilidade, uma vez que a fita possui dimensão que atinge apenas a superfície do dente e não as gengivas, porém casos esporádicos de sensibilidade podem ocorrer, devendo o uso do produto ser suspenso por 2 ou 3 dias para, então, ser retomado.” A principal causa da sensibilidade durante o tratamento clareador, em nada tem a ver com a proximidade do gel com a gengiva. Ela está diretamente relacionada com o aumento da permeabilidade dentinária causada pela ação do gel clareador. Oras, se a fita possui uma dimensão que atinge APENAS a superfície do dente e não as gengivas, podem ter certeza que a região do dente mais próxima das gengivas não irá clarear, pois as gengivas não tem um formato retilíneo, elas CONTORNAM os dentes, sendo assim, elas tem um “desenho” irregular. E, de toda extensão do dente, a área mais crítica ao clareamento, a área mais saturada de cor é a região bem próxima à gengiva. 

Essas tiras também podem ser utilizadas como produtos auxiliares na manutenção do clareamento, mas pelo exposto acima, não acho essa técnica eficaz. Já existem produtos específicos, disponibilizados pelo cirurgião-dentista responsável pelo tratamento, para o paciente manter, em casa, o resultado obtido.  Uma opção, ainda muito utilizada por grande parte dos profissionais, seria a associação de uma boa higiene e alterações de hábitos alimentares com o uso de pastas dentais e substâncias para bochecho com ação clareadora.

A promessa de dentes brancos em apenas 3 dias mais a facilidade do uso mais o preço acessível alimentam a esperança e a expectativa dos pacientes em ter dentes brancos como os dos astros da TV. Mas o que, talvez, os pacientes não saibam é que, uma parte dos artistas, a maioria, que tem um sorriso bem alinhado, branco e perfeito conseguiu isso através de tratamentos muito mais invasivos, como as facetas e as coroas de porcelana (que serão discutidas em outro post), que exigem preparo prévio a sua instalação. A outra metade conta com a ajuda da genética, da idade e dos bons hábitos.

O que quero deixar registrado aqui é que, assim como para emagrecer, para ter dentes brancos e perfeitos NÃO EXISTEM MILAGRES! Se esse produto é liberado pela ANVISA para ser comercializado livremente em farmácias e drogarias, podem ter certeza que a concentração do gel clareador é pequena, portanto sua ação também é. E se a ação clareadora é pequena, os resultados obtidos também são!

Cuidado com os produtos milagrosos, como o velho ditado diz: “Quando o milagre é demais, até o Santo desconfia!”

Continuem lendo, comentando e participando.

Um grande beijo

Dra. Jú

Dra. Juliana Matson é cirurgiã-dentista, graduada há 11 anos, especialista em Periodontia e Mestre em Dentística.


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

VIVA "NÓIS", VIVA TUDO, VIVA O CHICO BARRIGUDO!


Nada mais oportuno do que, no dia de hoje, dia mundial dos dentistas, cumprimentar estes que transformam sorrisos, devolvem autoestimas e cuidam da saúde da boca de todos nós.

Como já dizia Papa Pio XII: “A Odontologia é uma profissão que exige dos que a ela se dedicam: os conhecimentos científicos de um médico, o senso estético de um artista, a destreza manual de um cirurgião e a paciência de um monge”. Desejo a todos aqueles que, assim como eu, desempenham todos esses papéis com carinho, respeito e um largo sorriso no rosto, sucesso para vida toda!

Mas principalmente gostaria de agradecer a você, paciente, a confiança depositada em mim, afinal, sem você eu não seria nada!

Continuem lendo, participando e divulgando o meu trabalho!

Um beijo grande...

Dra. Jú

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Retomando os trabalhos...


Nossa... Quanto tempo longe daqui... E como estava com saudades!!! A ideia é retomar os trabalhos e não largar mais, portanto, mãos à obra!
Há uns meses atrás, postei na minha página pessoal do Facebook que estava pretendendo reativar o blog e solicitei algumas sugestões de temas a serem abordados (aliás, se tiverem alguma dúvida ou sugestão, escrevam para pergunteparadraju@gmail.com). 
Fiquei muito surpresa com a quantidade de gente que entrou em contato comigo dando várias sugestões diferentes. Mas, o que mais me chamou a atenção foi a quantidade de temas que eu classifico como "mitos" da odontologia. Na verdade, são assuntos que sempre foram falados com tanta veemência que acreditamos como se fossem verdades absolutas, mas não passam de “lendas urbanas”. Por exemplo: será que os “dentes do siso”, ou melhor, os terceiros molares, são realmente capazes de empurrar todos os outros dentes da boca quando nascem?! Será que é possível ter os dentes fracos?! O mau hálito pode mesmo ser causado apenas por problemas estomacais?! E aquele sorriso branco “hollywoodiano”?
Para discutir esses e outros assuntos relacionados também a fatores de pensamentos enrraigados que não correspondem com a verdade, resolvi começar uma sequência de posts tratando das Verdades, Meias Verdades e Mentiras da Odontologia. Sim, infelizmente há mentirosos em todas as profissões...
A princípio, abordarei um tema a cada semana. Acho que isso torna o blog mais dinâmico.
Saber o que você pensa sobre o que eu tenho a lhe falar, é muito importante para mim, por isso: PARTICIPE! Leia, comente, divulgue. 
Um beijo grande
Dra. Jú


Dra. Juliana Matson é cirurgiã-dentista, graduada há 11 anos, especialista em Periodontia e Mestre em Dentística.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

ANTES TARDE DO QUE NUNCA...

Faz muito tempo que não escrevo por aqui, gostaria até de me desculpar com vocês, leitores. Fico feliz quando sou “cobrada” sobre um novo post, isso significa que vocês gostam do que escrevo. Esperava tempo e inspiração para fazê-lo, o primeiro já consegui, já o segundo...
Na verdade um fato ocorrido na minha vida pessoal me inspirou sobre esse post. Serei tia mais uma vez de uma linda menininha! Pois é, além de me fazer acostumar com a ideia de ficar para titia, esse presente de Deus me fez pensar num assunto muito importante, porém, muito pouco divulgado. O pré-natal odontológico.
Entre os odontopediatras, ou seja, os dentistas que cuidam exclusivamente de crianças, esse tema é muito bem conhecido e discutido. Inclusive existem especialidades na odontologia voltadas para essa área: como por exemplo, a odontologia de bebês e a odontologia intra-uterina. Entretanto, percebo que, as gestantes, de um modo geral, não dão a devida importância ao assunto pois não conseguem associar os malefícios que uma má higiene bucal pode causar nos seus bebês, simplesmente por uma questão de desconhecimento.
É DEVER do cirurgião-dentista, odontopediatra ou não, especialista ou não em odontologia intra-uterina ou odontologia de bebês, instruir suas pacientes gestantes com relação a isso.
Todo clínico geral sabe, ou pelo menos deveria saber, que, durante a gravidez, a prevalência da gengivite (inflamação das gengivas) varia de 35% a 100%. Isso se dá pelo fato dos hormônios gestacionais, como o estragiol, o estriol, o estrogênio e a progesterona, estarem elevados. Estudos examinando mulheres grávidas e mulheres no período pós-parto mostraram que, apesar de os níveis de placa bacteriana serem os mesmos, as mulheres grávidas apresentavam uma inflamação gengival mais severa do que as mulheres no período pós-parto, provavelmente porque os hormônios gestacionais atuam como fatores de crescimento das bactérias. É como se as bactérias se alimentassem desses hormônios e ficassem maiores e mais fortes.
Além disso, a resposta imunológica, ou seja, a defesa do organismo da mulher grávida, também está alterada. Todos nós temos uma camada de queratina, uma proteína que por ser insolúvel funciona como uma capa protetora, recobrindo a nossa gengiva. Os níveis elevados dos hormônios estrogênio e progesterona diminuem essa camada de proteção, tornando a possibilidade de infiltração das bactérias no organismo da mulher grávida mais fácil. Bactérias maiores e mais fortes, por si só, já conseguiriam atravessar essa barreira protetora com uma certa facilidade, agora, imaginem vocês se essa capa protetora for perdida, o quão fácil será essa invasão.
Uma vez dentro do organismo, as bactérias circulam pelo sangue, podendo se alocar em qualquer região. Se as bactérias e/ou suas toxinas alcançarem a cavidade uterina, podem estimular o desenvolvimento de uma inflamação, pois o organismo tenta se proteger da infecção (presença de bactérias) através da inflamação. Isso causa dilatação cervical, contração do músculo uterino e o início do trabalho de parto,muitas vezes antes da 37o semana estar completa, caracterizando o nascimento de um bebê com baixo peso, ou seja, prematuro. Além disso, o contato das bactérias com a membrana ovular, a bolsa que envolve o bebê, causa a sua ruptura, estimulando assim o trabalho de parto. Vocês devem estar se perguntando: toda mulher grávida que tem inflamação nas gengivas vai ter bebê prematuro?! Não. Porém, estudos mostram uma grande relação entre as doenças periodontais (inflamação das gengivas e do osso suporte dos dentes) e os partos prematuros.
A característica principal da gengivite é o sangramento, que pode ocorrer espontaneamente, e/ou durante a escovação, e/ou durante o uso do fio dental, dando a impressão errada de que ele ocorre porque “estou machucando minha gengiva”. Com isso, a paciente pára de escovar e/ou usar o fio dental pois imagina que está traumatizando suas gengivas e por isso elas estão sangrando. Na verdade, elas sangram porque estão inflamadas e estão inflamadas porque tem sujeira ao seu redor. Sendo assim, o tratamento e o controle da gengivite consiste na remoção da “sujeira” (placa bacteriana) através da escovação e do uso do fio dental. Muitas mães devem estar pensando: “Poxa, mas eu escovo meus dentes 3 vezes ao dia e uso o fio dental, pelo menos, uma vez ao dia. Mesmo assim minhas gengivas sangram, por que será?” Provavelmente porque a forma como isso está sendo feito não está correta, por isso a importância de procurar seu dentista. Só ele é capaz de lhe ensinar a forma mais correta de você escovar os dentes. Que isso sirva de alerta para as mamães, as futuras mamães, os papais, os que nem pensam em se tornar pais e mães, os avós, ou seja, isso serve de alerta para todos nós. TODOS somos passíveis de desenvolver doenças periodontais, caso nossa higiene não esteja correta.
Então, está esperando o que para me procurar ou procurar o seu dentista?! Marque o mais rápido possível uma consulta e peça para que ele avalie a forma como você está escovando seus dentes, os resultados podem ser surpreendentes!
Um beijo grande...
Dra. Jú